SINTAGRI NOTAS RÁPIDAS
Ano
XII- nº 634 –24/10/2022 - Filiado a Faser e Fetrab
GOVERNO DA BAHIA: FALSAS INFORMAÇÕES
O governador Rui Costa,
na tentativa de justificar a extinção da EBDA, empresa estatal de execução das
atividades de Pesquisa Agropecuária e de Assistência Técnica e Extensão Rural
na Bahia, quando entrevistado pelo radialista Mário Kertész, na Rádio Metrópole,
em 18/08/2021, declarou que a “EBDA tinha 1.100 funcionários, dos quais,
980, 970 morando em Salvador para fazer assistência técnica e extensão rural...l”
Na tentativa de justificar o
injustificável, intencionalmente ou não, contando com a incompetente assessoria
do seu então Secretário de Desenvolvimento Rural Jeronimo Rodrigues, o
governador Rui Costa esqueceu de citar os
relatórios da própria empresa onde constava a atuação da EBDA na totalidade dos
municípios baianos através de 20 gerências regionais, 132 escritórios locais, 54 postos avançados, 8
unidades de execução de pesquisa, 19 estações experimentais e 11 centros de
profissionalização de produtores rurais. Também esqueceu o governador Rui Costa
da existência de folhas de pagamento constando os locais de pagamento destes
funcionários, mensalmente, nos seus respectivos locais de trabalho.
Na verdade, a EBDA,
quando extinta em 2014/2015, tinha em seu quadro efetivo de pessoal técnico e
administrativo, 1.249 empregados sendo 825 lotados e atuando diretamente no
Interior do Estado da Bahia.
Agora,
o atual titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia, Jeandro
Ribeiro, em jornal de grande circulação, vem justificar a extinção da EBDA pelo
seu elevado custo, exaltando com números discutíveis, a eficiência da sua
Secretaria.
É possível
contestar-se as informações do secretário Jeandro Ribeiro quando se observa
mais profundamente os dados do crédito rural PRONAF, exclusivamente
voltado para o Agricultor Familiar, apresentados pelo Banco Central do
Brasil do ano de 2018, período posterior a extinção da EBDA (não seria honesto
abordar os anos de 2019 a 2021 em função das restrições impostas pela
pandemia).
O número de
contratos do crédito PRONAF demonstra o
baixo desempenho do governo do Estado da Bahia no envolvimento do Agricultor
Familiar nesta política pública de caráter estruturante para a inclusão deste
público no contexto econômico rural, libertando-o das políticas compensatórias
tão em voga como prática finalística nos governos Wagner/Rui Costa.
No ano de 2018,
período com a EBDA já extinta, observa-se o seguinte comportamento do acesso
dos Agricultores Familiares baianos ao crédito PRONAF em comparação aos dos
demais Estados Nordestinos:
a) somente 40% dos
Agricultores Familiares acessaram o crédito rural PRONAF;
b) aproximadamente,
360 mil Agricultores Familiares não tiveram acesso ao crédito;
c) A Bahia ficou em 7º
lugar quanto ao número proporcional de Agricultores Familiares com acesso ao
crédito. rural PRONAF dentre os nove Estados
Nordestinos.
Esta é a verdade ocorrida com a extinção da EBDA e a demissão cruel em massa de 1.249 Trabalhadores com expressiva
qualificação técnica para atendimento aos Agricultores Familiares, promovida
pela dupla Rui Costa e Jerônimo Rodrigues.
TRISTE BAHIA
SINTAGRI